Desafios e Prioridades para a Segurança na Aviação Global

Três focos da IATA para reforçar segurança e eficiência mundial

A IATA abriu a Conferência Mundial de Segurança e Operações (WSOC), em Xiamen, China, com uma mensagem clara: para manter e elevar a segurança aérea, é essencial unificar padrões globais, fortalecer a cultura de segurança e usar dados de modo inteligente.

As três prioridades apontadas são:

  1. Defesa e desenvolvimento de padrões globais
    Interferências no GNSS aumentaram mais de 200% entre 2021 e 2024. A IATA, em conjunto com órgãos como a EASA, já propôs medidas de monitoramento, prevenção, infraestrutura de backup e coordenação civil-militar para proteger esses sistemas vitais.
    Também é urgente proteger as faixas de radiofrequência da aviação frente à expansão do 5G/6G, especialmente próximo a aeroportos, e pressionar por relatórios finais de investigações de acidentes, algo que só ocorreu em 58% dos casos entre 2019 e 2023.
  2. Uso de dados para melhorar desempenho
    Através do programa GADM (que une FDX, IDX e MCX), a IATA capacita companhias e reguladores a tomarem decisões baseadas em dados.
    Exemplos relevantes:
    • A plataforma Turbulence Aware já conta com dados de 3.200 aeronaves, ajudando a mitigar riscos de turbulência.
    • O banco SafetyIS, que reúne dados de 217 companhias, permite previsões de incidentes locais.
    • O modelo IOSA baseado em risco já gerou mais de 8.000 correções em companhias aéreas, adaptando auditorias às operações específicas.
  3. Cultura de segurança fortalecida pela liderança
    Para que pessoas se sintam seguras em apontar problemas, a liderança precisa agir com responsabilidade e transparência.
    A IATA lançou:
    • O Código de Conduta para Liderança em Segurança, com oito princípios que já impactam cerca de 90% do tráfego global.
    • A plataforma IATA Connect, que reúne milhares de usuários de organizações aéreas para compartilhar documentos, relatórios e boas práticas.

Para enfrentar riscos crescentes, como drones, fragmentação regulatória e interferências, a aviação precisa dessa tríade: padrões consistentes, cultura sólida e decisões guiadas por dados. Só assim será possível manter o setor seguro, resiliente e preparado para os desafios do futuro.

Ana Macêdo com informações IATA

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