Você acredita que a inteligência artificial está transformando o turismo?

A inteligência artificial (IA) tem modificado intensamente o setor de turismo, trazendo novos horizontes para quem viaja e para os profissionais. Hoje, com a possibilidade de oferecer serviços personalizados, a IA não só otimiza processos operacionais, mas também amplia o alcance de experiências adaptadas ao perfil de cada cliente. Essa revolução, estimada para movimentar mais de US$ 1,2 bilhão até 2026, segundo o relatório Travel &Hospitality AI Market Overview da IndustryArc, tem sinalizado como essa tecnologia está ganhando terreno e evoluindo nosso setor.

Inclusive, essa tendência responde ao desejo crescente por serviços customizados e com menos interações, onde a tecnologia pode intermediar as necessidades do viajante com um toque de agilidade. Imagine a seguinte situação: ao planejar uma viagem, você é guiado por assistentes virtuais e chatbots capazes de responder rapidamente, personalizar pacotes e até finalizar reservas. De acordo com uma pesquisa da Oracle Research, empresa que apoia e acelera as descobertas científicas nos EUA, 92% dos entrevistados consideraram o uso de IA para facilitar o atendimento ao cliente como uma grande vantagem.

Para o turismo, essa inovação é promissora, e muitos turistas, especialmente brasileiros, já preferem ambientes onde o contato com a equipe seja a mínima possível. Entretanto, o impacto da IA ​​vai muito além do atendimento ao cliente. Ferramentas de aprendizado de máquina e análise preditiva permitem à IA prever demandas e indicar o melhor momento e preço para viagens, além de adaptar sugestões com base nos dados comportamentais de cada cliente. Imagine você poder estar diante de um itinerário sob medida, em minutos, que além de abranger suas preferências de viagem também incorpora dados em tempo real sobre preços e condições de cada destino. Esse poder de personalização é uma das grandes vantagens que a IA trouxe para o turismo.

Mas, a IA não veio apenas para melhorar a experiência do cliente. Ela também representa um auxílio para o empresário, que ganha eficiência com a automação de tarefas rotineiras como a organização de dados e atendimento básico. Em um mercado competitivo, as empresas que utilizarem essas tecnologias ganharão uma vantagem significativa, permitindo que as equipes foquem em funções mais estratégicas.

No entanto, eu entendo que ainda há quem veja essas inovações com certa cautela, temendo que a IA substitua o papel do profissional do turismo. Um temor que se assemelha ao que enfrentamos no início da internet. Naquele momento, acreditava-se que os agentes de viagens, por exemplo, perderiam espaço com a facilidade de acesso às informações online. Porém, o tempo mostrou, que a internet fortaleceu a profissão ao enriquecer o leque de ferramentas daqueles profissionais. Assim, também vejo que a IA será uma parceria valiosa, não uma substituta. E mesmo que assuma funções repetitivas e operacionais, ela não possui a sensibilidade, a empatia e o senso de julgamento que só o humano tem.

Assim, ao refletirmos sobre o papel da IA ​​no turismo, uma coisa é clara: ela está aqui para somar, não para substituir. A tecnologia aprimora, acelera e personaliza as operações, mas a experiência humana, com sua capacidade de perceber nuances e oferecer empatia, permanece insubstituível. Essa é talvez a mensagem final deste artigo: embora a IA transforme e facilite o setor, será sempre o toque do ser humano que fará toda a diferença. Afinal, a tecnologia é uma ferramenta poderosa, mas a verdadeira essência do turismo é a conexão humana, e essa nunca poderá ser replicada por uma máquina.

Ana Macêdo

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